MHN é homenageado por estudante de grupo de pesquisa

Eduarda Plech, do Grupo de Pesquisa Histórica e Interdisciplinar Luiz Sávio de Almeida, presenteou o Museu de História Natural com tela resultado de estudo sobre o local

Por Ana Júlia Gomes (bolsista de Jornalismo)
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Juliana Ferreira, Filipe Nascimento, Eduarda Plech e Willames Santana, respectivamente.
Juliana Ferreira, Filipe Nascimento, Eduarda Plech e Willames Santana, respectivamente.

Nesta semana, o Museu de História Natural foi homenageado com a entrega da tela “O Santuário das Relações Ecológicas”, pintura da estudante Eduarda Cavalcanti Plech, participante do Grupo de Pesquisa Histórica e Interdisciplinar Luiz Sávio de Almeida (GPHILSA).

A tela, que retrata a fachada do museu, fez parte da exposição temporária “Museus Maceioenses: História, Memória, Patrimônio e Educação”, promovida pelo grupo de pesquisa em parceria com o Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL), local onde ocorreu o evento. Na ocasião, foram expostas maquetes e desenhos produzidos por estudantes da Rede Estadual de Ensino.

Eduarda, que tem 18 anos de idade e é aluna da Escola Estadual Professora Guiomar de Almeida Peixoto, alega que não conhecia o Museu de História Natural e foi com a proposta do GPHILSA que tomou conhecimento sobre. “Eu passava muitas vezes aqui na frente do prédio, mas não sabia exatamente o que era”. Segundo ela, ao entrar pela primeira vez no espaço, ficou encantada. 

A tela foi a única da exposição e Eduarda detalhou seu empenho para que, dentro das condições, ficasse o mais fiel possível ao museu. “Algumas partes eu fiz com maquiagem que tinha em casa, porque material de pintura mesmo é caro”, explicou.

Os professores Willames Santana e Juliana Ferreira, que juntamente com Luciana Luz são mentores do grupo de pesquisa, acompanharam a estudante na vinda ao MHN. Natural de Itabaianinha, município de Sergipe, o professor de História, fundador do GPHILSA, comenta que o projeto serviu de aprendizado inclusive para ele, que passou a conhecer mais os espaços históricos e culturais da capital alagoana. 

"Maceió é uma cidade muito visitada justamente pela paisagem natural que ela tem, belíssima, suas praias azuis e toda a sua riqueza paisagística, mas a história de Alagoas tem protagonismo nacional”, disse Willames, alertando para a falta de visibilidade necessária à cultura e à história local. 

“O Santuário das Relações Ecológicas” participou do 3º Concurso de Desenho do Grupo de Pesquisa Histórica e Interdisciplinar Luiz Sávio de Almeida. A competição acontece para a escolha da capa da revista digital Documento Histórico, que é o produto dos encontros e atividades entre os professores e alunos do projeto.

Eduarda Plech passou a concorrer a partir da segunda edição do concurso e logo conquistou primeiro lugar na categoria “CAPA DA REVISTA”, com a representação da professora Guiomar de Almeida Peixoto, que dá nome à escola em que estuda e local onde surgiu o GPHILSA em junho de 2022. 

De acordo com a professora de Ciências Biológicas, Juliana Ferreira, ela conseguiu observar uma mudança positiva no desenvolvimento de sua aluna após a inserção na pesquisa e com o maior estímulo à arte. “Ela era bem quieta, sentava mais ao fundo da sala. Escutava um pouco de sua voz no momento da chamada”, relembrou, de maneira descontraída, com Eduarda. 

A docente garante que a estudante se tornou um exemplo de liderança para os demais e também incentivou a participação de outros alunos no projeto.

Filipe Nascimento, diretor do museu, e Eduarda PlechEduarda Plech e os professores Willames Santana e Juliana Ferreira Tela pintada por Eduarda